Projeto mobilidade Humana ES: passado e presente
Projeto Mobilidade Humana ES: passado e presente financiado por: Edital FAPES Nº 14/2014 - PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR (PESQUISADOR DO FUTURO) em parceria de pesquisa com a UFES Coordenador - Maria Cristina Dadalto Monitores: Tatiana Dias Zocrato e Mayara Cardoso Felix Prudêncio Pesquisadores/colaboradores: Cione Marta Raasch Manske, João Evangelista de Souza Adilson Silva Santos, Fabiene Passamani Mariano, Silvana Maria Gomes da Rocha, Raul Felix Barbosa.
terça-feira, 2 de outubro de 2018
quinta-feira, 26 de julho de 2018
MOBILIDADE HUMANA ENTREVISTA – GUILHERME DEZAN
Entrevistado: Gersom Jacob Dezan, 82 anos.
-Vô, poderia me contar um pouco sobre a sua história e dos seus familiares?
- Pelo que me lembro bem, eles vieram da Itália, tá entendendo? E quando eles chegaram
no Brasil era mata pura quase, não tinha quase nada! Tá entendendo? Eles não falavam
também... Eu aprendi um monte de língua italiana (sorrindo e dando uma risada). Então,
eles vieram pro Brasil e frequentaram muita coisa difícil, entendeu? Pra poder sobreviver e,
eu aprendi muita coisa italiana, né? Que eu falava e um monte de coisa italiana que eu
sabia, mas esqueci.
-Mas então você nasceu aqui no Brasil?
- Nasci aqui no Brasil, meus avós nasceram na Itália! Nasceu todo mundo na Itália e aqui
quando eles viera, vieram num navio, não sei, parece ser um negócio assim e foram
soltados aqui no Brasil e naquela época foi dificil pra danado pra eles, por que foram tirando
mata, fazendo lavoura e foi construindo e daqui a pouco foi chegando mais, entende? E foi
formando, aquele pessoal da Itália, por isso tem muito italiano no Brasil e, nós temos que
agradecer a eles! Os italianos tiveram coragem, foram forte, não são medroso igual nóis
não! Derrubaram mata, plantaram café, plantaram milho, plantaram TUDO! Entendeu? Tudo
que eles podia fazer, eles fizeram, por que eles eram inteligentes. Ali foi criado meu pai, os
irmãos do meu pai e depois meu falecido avô morreu e só ficou minha vó, e depois ela
morreu também, quando minha avó morreu, já tava com os filhos todo formado, já quase
casado e então começaram a trabalhar. Meu pai morava em monte alegre e depois ele veio
para o norte, também frequentou uma barra pesada, por que não tinha lavoura, quase, né?
Então os cara derrubava mata, né? E plantava mantimento, café.. e aí foi formando.
Inclusive se não fosse eles, o Brasil estaria cheio de mata, foi tudo graças a eles.
- E a sua infância, como era?
- Ah, era ótimo! Eu plantava e comia sem problema nenhum em ter problema de saúde, pois
não tinha esses agrotóxicos lá em Monte Alegre onde nasci, meu pai tinha lavoura lá, tinha
porco, tinha galinha, café, gado a vontade, né? A única coisa que nóis comprava lá era sal,
pra fazer comida, né? E querosene pra iluminar as casa, que era botado naquela latinha,
né? Por que não tinha luz, comprava o trigo também e o resto não precisava comprar, por
que tudo tinha lá na roça.
- E quando foi que você veio aqui para Cariacica?
- Eu casei lá no norte, tive a Lúcia e o Inácio e o resto de filho foi aqui em vitória. Eu aprendi
a ser alfaiate lá no norte, e comecei a trabalhar aqui como profissão aqui na cidade e
trabalhava na feira, também. E pra mim ficar com a profissão legalizada, eu fui fazer um
curso em São Paulo, com o melhor alfaiate do Brasil, e eu consegui tirar em segundo lugar..
tá? (com um sorriso no rosto). Então voltei e tive a Penha, a Cida,a Lena e o Júnior tive
depois, e to aqui até hoje, nunca fiquei devendo ninguém, minha vida sempre foi legal.
-Vô, poderia me contar um pouco sobre a sua história e dos seus familiares?
- Pelo que me lembro bem, eles vieram da Itália, tá entendendo? E quando eles chegaram
no Brasil era mata pura quase, não tinha quase nada! Tá entendendo? Eles não falavam
também... Eu aprendi um monte de língua italiana (sorrindo e dando uma risada). Então,
eles vieram pro Brasil e frequentaram muita coisa difícil, entendeu? Pra poder sobreviver e,
eu aprendi muita coisa italiana, né? Que eu falava e um monte de coisa italiana que eu
sabia, mas esqueci.
-Mas então você nasceu aqui no Brasil?
- Nasci aqui no Brasil, meus avós nasceram na Itália! Nasceu todo mundo na Itália e aqui
quando eles viera, vieram num navio, não sei, parece ser um negócio assim e foram
soltados aqui no Brasil e naquela época foi dificil pra danado pra eles, por que foram tirando
mata, fazendo lavoura e foi construindo e daqui a pouco foi chegando mais, entende? E foi
formando, aquele pessoal da Itália, por isso tem muito italiano no Brasil e, nós temos que
agradecer a eles! Os italianos tiveram coragem, foram forte, não são medroso igual nóis
não! Derrubaram mata, plantaram café, plantaram milho, plantaram TUDO! Entendeu? Tudo
que eles podia fazer, eles fizeram, por que eles eram inteligentes. Ali foi criado meu pai, os
irmãos do meu pai e depois meu falecido avô morreu e só ficou minha vó, e depois ela
morreu também, quando minha avó morreu, já tava com os filhos todo formado, já quase
casado e então começaram a trabalhar. Meu pai morava em monte alegre e depois ele veio
para o norte, também frequentou uma barra pesada, por que não tinha lavoura, quase, né?
Então os cara derrubava mata, né? E plantava mantimento, café.. e aí foi formando.
Inclusive se não fosse eles, o Brasil estaria cheio de mata, foi tudo graças a eles.
- E a sua infância, como era?
- Ah, era ótimo! Eu plantava e comia sem problema nenhum em ter problema de saúde, pois
não tinha esses agrotóxicos lá em Monte Alegre onde nasci, meu pai tinha lavoura lá, tinha
porco, tinha galinha, café, gado a vontade, né? A única coisa que nóis comprava lá era sal,
pra fazer comida, né? E querosene pra iluminar as casa, que era botado naquela latinha,
né? Por que não tinha luz, comprava o trigo também e o resto não precisava comprar, por
que tudo tinha lá na roça.
- E quando foi que você veio aqui para Cariacica?
- Eu casei lá no norte, tive a Lúcia e o Inácio e o resto de filho foi aqui em vitória. Eu aprendi
a ser alfaiate lá no norte, e comecei a trabalhar aqui como profissão aqui na cidade e
trabalhava na feira, também. E pra mim ficar com a profissão legalizada, eu fui fazer um
curso em São Paulo, com o melhor alfaiate do Brasil, e eu consegui tirar em segundo lugar..
tá? (com um sorriso no rosto). Então voltei e tive a Penha, a Cida,a Lena e o Júnior tive
depois, e to aqui até hoje, nunca fiquei devendo ninguém, minha vida sempre foi legal.
terça-feira, 24 de julho de 2018
Entrevista Nathan Freitas
A pesquisa realizada no bairro Vila Capixaba pelos alunos da Escola Ary Parreiras, foi uma experiência muito boa, pois me ajudou bastante a perder a timidez e a vergonha de entrevistar as pessoas.
Irei cursar Jornalismo e isso ajudou bastante para a minha experiência profissional, o que eu pude perceber no bairro, é que os moradores são bastante receptivos e a maioria dos moradores são idosos e imigrantes do interior do Estado do Espirito Santo e região.
Entrevista - Raphaela Pimentel Barboza
A atividade realizada em Vila Capixaba pelos alunos do projeto Mobilidade Humana da escola Ary Parreiras foi muito importante para o desenvolvimento do projeto, no qual andamos pelas ruas do bairro, entrevistando as pessoas à respeito da migração sobre o lugar que as pessoas vieram.
Muitas pessoas eram simpáticas e respondiam ao questionário com boa vontade. Mas ao mesmo tempo que tinham pessoas querendo nos ajudar, existiam pessoas que ficavam receosas em atender, talvez por medo de ser alguém perigoso tentando tirar proveito ou até mesmo por falta de interesse em responder as perguntas.
Eu percebi, com as pessoas que entrevistei, que a maioria vieram de Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Santa Maria de Jetibá, em busca de trabalho, estudo, e melhores condições de vida.
No entanto, tiveram muitas pessoas que disseram sempre morar aqui, e com isso era encerrada a entrevista.
Portanto, esse passo foi bastante útil para completarmos o projeto, pois nos informamos um pouco mais sobre as origens das pessoas que moram no bairro Vila Capixaba.
Muitas pessoas eram simpáticas e respondiam ao questionário com boa vontade. Mas ao mesmo tempo que tinham pessoas querendo nos ajudar, existiam pessoas que ficavam receosas em atender, talvez por medo de ser alguém perigoso tentando tirar proveito ou até mesmo por falta de interesse em responder as perguntas.
Eu percebi, com as pessoas que entrevistei, que a maioria vieram de Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Santa Maria de Jetibá, em busca de trabalho, estudo, e melhores condições de vida.
No entanto, tiveram muitas pessoas que disseram sempre morar aqui, e com isso era encerrada a entrevista.
Portanto, esse passo foi bastante útil para completarmos o projeto, pois nos informamos um pouco mais sobre as origens das pessoas que moram no bairro Vila Capixaba.
Entrevistas Tauanda Oller
A experiencia das entrevistas no bairro Vila Capixaba ampliou minha visão quanto a população local, como ela se forma, a motivação, e também a influencia da sociedade sobre os migrantes.
Um ponto que chamou minha atenção em nossas entrevistas foi o presente relato do êxodo rural, pois a grande maioria dos entrevistados faziam menção em seus testemunhos que, de forma direta (por escolha própria) ou indireta (por escolha da família ou necessidades básicas) já haviam passado por este processo migratório.E este processo nem sempre é benéfico para os migrantes pois na maioria dos casos relatados pelos entrevistados eles foram forçados a passar por um processo de desnaturalização, onde deixaram os costumes e cultura de sua localidade natal e tiveram de se adaptar ao novo meio em que foram inseridos, no caso, o meio urbano, que na época era o município de Cariacica.
Um ponto que chamou minha atenção em nossas entrevistas foi o presente relato do êxodo rural, pois a grande maioria dos entrevistados faziam menção em seus testemunhos que, de forma direta (por escolha própria) ou indireta (por escolha da família ou necessidades básicas) já haviam passado por este processo migratório.E este processo nem sempre é benéfico para os migrantes pois na maioria dos casos relatados pelos entrevistados eles foram forçados a passar por um processo de desnaturalização, onde deixaram os costumes e cultura de sua localidade natal e tiveram de se adaptar ao novo meio em que foram inseridos, no caso, o meio urbano, que na época era o município de Cariacica.
Entrevistas Lucas Rodrigues Lacerda Souza
Sobre a atividade proposta adquirimos diversas experiências , dentre elas até mesmo muito peculiares.
Foram por meio das entrevistas realizadas pelos alunos do projeto mobilidade humana, estudantes da escola Ary Parreiras e localizada no bairro Vila Capixaba, onde podemos ter uma visão diferente diante da atividade realizada , pois por muitas das vezes somos nós que como comunidade assumimos o papel de entrevistados e não valorizamos o trabalho de quem entrevista. Estando nós ali como entrevistados podemos perceber o quão é importante que tenhamos bons ouvintes.
Vale ressaltar que obtivemos resultados positivos diante do exposto e no geral os moradores do bairro foram bastante receptivos.
Entrevistas - Ryan Cassiano Bueno
As entrevistas no bairro foram muito enriquecedoras, todas as pessoas que entrevistei em grande maioria foram muito educadas e receptivas, a maioria vive na mesma cidade que nasceu.
A atividade desenvolvida nos proporcionou visões e perspectivas de vida diferentes, já que durante as entrevistas adquirimos um contato e ficamos sabendo da história dos entrevistados, muitos vinham de Colatina-ES, vários recusavam ou fingiam que não estavam em casa, talvez, pela triste onda de violência que vivemos, mas no fim foi muito positivo e satisfatória as entrevistas, ter um contato e saber mais um pouco da história de cada um é muito gratificante, o projeto em si tem nos proporcionado experiências únicas!
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